Os índios Guarani M’Bya vivem nas regiões sul e sudeste do Brasil. Ainda que haja algumas comunidades localizadas no interior desses estados, eles habitam, em sua maioria, a extensão litorânea dessas regiões.
Na aldeia Takuary-Ty, uma das três existentes em Cananéia-SP, atividades produtivas tradicionais se complementam com atividades que geram renda, como turismo, apresentações musicais e, principalmente, a confecção e venda de artesanato.
A vida na aldeia é uma vida compartilhada: as pessoas habitam casas coletivas, dividem cuias, talheres, pratos. É um ambiente propício para disseminação de um vírus que é transmitido por tosses, espirros e mucosas dos olhos e boca. Além disso, um estudo da Fiocruz indica que as populações indígenas são altamente vulneráveis às infecções respiratórias agudas mesmo fora de períodos epidêmicos. A pandemia da COVID-19 representa, portanto, um risco enorme para os povos indígenas.
Isso tudo ocorre durante um governo que enfraquece as políticas indigenistas. Portanto o isolamento e a proteção dessas comunidades é essencial neste momento.
No estado de São Paulo vivem, ao todo, 41.794 índios (IBGE, 2010). Sendo que a maior parte (cerca de 91%) vive em áreas urbanas, fora de terras indígenas e, muitas vezes, em situação de vulnerabilidade sociodemográfica e sanitária.
Essa semana o projeto Máscaras para todos realizou uma doação de 80 máscaras na aldeia Aldeia Takuary-Ty do povo indígena Guarani M’Bya, que vive em Cananéia-SP.
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